(Crítica) Revolver
É um feito notável quando em duas horas (sensivelmente) se consegue gastar tanta película, mostar claramente as suas influências (e são boas), e dizer um absoluto e redondo nada. A história começa como mais uma de golpada, cheia de lemas acerca de Xadrez e outros temas que cai bem falar. E tudo isto é feito com um estilo fabuloso. Portanto até agora temos a) um golpe e b) um estilo bem vincado. E o espectador, incrédulo vai assistindo à transformação do filme em algo parecido com Fight Club. E até se começa a ver umas semelhanças com o genial Tarantino. O que raio é que se pode fazer para estragar uma combinação tão apelativa?
Vamos fazer o seguinte. Eu como realizador, estou na verdade a fazer um filme masturbatório, para o meu umbigo e que apenas eu consigo delinear a narrativa. Segundo, um dia, eu, o realizador, gostava de ser o Quentin Tarantino mas esqueço-me que tenho contar uma história. Terceiro, levo-me muito a sério e penso que estou a contar aqui umas baboseiras filosóficas que na verdade nada têm em comum e que são um chorrilho de ideias que me agradam.
É assim que se estraga um filme.
Revolver foi das coisas mais pretenciosas e redondamente más saídas este ano. Tem tudo para ser bom, mas disparou em todos as direcções, incluíndo pela culatra.
3/10
Luís
6 Comments:
E eu que tinha ficado chocado com o teu comentário no filme do Steve Martin.
Rapaz, o meu professor universitário, já veterano á muitos anos em cinema acabou de reagir assim ao teu comentário(sim porque tu não entendes a essência da critica) "Este rapaz não sabe o que é cinema"
Olha muito obrigado pelas gargalhadas, que nos deste. Acredites ou não imprimimos este comentário e vamos-o espetar na parede a dizer por cima "Bébés chorões iniciam-se no mundo do criticismo" ou algo do genero.
hahahah, o ridiculo. Nem vou perder o meu tempo a criticar a pente fino o que escreves. Por aqui só lamentamos que os teus colegas queiram trabalhar contigo e aceitem este lixo que escreves. Espero que não corrompas o espirito deles. Visto termos ficado muito admirados com a visão deles, até mesmo a humilde do Oliveira.
Isto não é uma questão de gostar dos filmes ou não, é pq tu és mesmo mau! Tu és a razão unica que dá sentido á palavra ditadura, antes viver fechado do mundo que ler lixo todos os dias.
loooooool
Acabei de descobrir que adoro os teus comentários, senhor anonymous. Por favor nunca pares de nos escrever.
Manda ai um abraço ao teu professor.
Aqui entre nós que ninguém nos ouve, a crítica de filmes é, por mais (ou menos!) profissional que seja sempre, sempre, sempre subjectiva! Só assim se explica que as próprias revistas da especialidade peçam a opinião de várias pessoas, para assim presentear o leitor com diferentes pontos de vista frequentemente discordantes. O que é realmente importante é que a crítica seja feita com base num raciocínio coerente, estruturado e, portanto, justificado. Pelo acima exposto resta-me felicitar a equipa do Fila do Meio por fugirem à apatia crónica e expressarem as suas ideias, construíndo uma página que recomendo a quem gosta de saber mais acerca de cinema.
Indiscutíveis e que não são de forma alguma subjectivas, caro amigo anonymous, são as regras da Língua Portuguesa... Assim, estou a pensar imprimir o teu comment e enviá-lo para o concurso de Língua Portuguesa da Bárbara Guimarães para que todo o país se possa rir (ou então chorar!) de quão mal os seus alunos escrevem, ainda por cima atentando, que não são uns alunos quaisquer, mas sim, universitários!
bem escrevo este comentario so pa dizer k o revolver e um dos meus filmes preferidos e k n concordo c a tua critica mas cada um tem a sua opiniao.. este n é um filme pa vender mas sim pa compreender, se fosse pa vender o realizador punha uma combinação de acção, misterio e romance e toda a gente ia adorar mas n, axo k este filme e uma lição de vida e se tiveres oportunidade ve outra vex com mais atenção e sem akele pensamento "n gosto deste filme!"
z.
Por entre opiniões divergentes e pontapés no português, intrigou-me o crítico de cinema (!) que não conhecia o "Sr. Madonna"...
Senhor Anônimo, o filme é um lixo. Raso, falsamente estiloso, entupido de frases pedantes que poderiam ter sido tiradas de um livro de auto-ajuda qualquer e com uma narrativa muito, mas muito idiota mesmo. E se o filme não é para vender, então deveria ter sido distribuído de graça, visto que fui obrigado a desperdiçar um bom dinheiro para perder duas horas de meu tempo com minha bunda esmagada em uma cadeira a assistir "isso". Mas, é um filme capaz de agradar a pseudo-intelectuais que se impressionam facilmente quando uma obra traz um punhado de citaçõezinhas a cada 10 minutos. E que coisa brega aquelas cenas com música clássica cliché e edição entrecortada. LIXO, LIXO, LIXO!
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