quinta-feira, março 30, 2006

(Crítica) V for Vendetta

V for Vendetta
de John McTeigue
(2006)

"Remember, remember, the fifth of November. The gunpowder treason and plot. I know of no reason why the gunpowder treason should ever be forgot."


Depois de nos presentearem com um dos melhores filmes da década de 90 e de nos oferecerem duas sequelas de qualidade duvidosa, a expectativa para ver onde é que os irmãos Wachowsky se iriam envolver a seguir era considerável. Visto que está este V for Vendetta tenho boas e más notícias. A boa notícia é que, ao contrário do que aconteceu com Matrix Revolutions, não vão ficar com vontade de dizer aos senhores para pararem quietos e irem pensar na vida antes de voltar a fazer cinema. A má é que, apesar de estar cotado com um impressionante 8.1/10 no IMDB e ter recebido várias 5 estrelas, o filme não é nada de especial.
O argumento não é propriamente novo. Regime totalitário, povo apático, um herói e os seus dramas. Adicione-se que os dramas têm um interesse relativo e a maior parte das cenas supostamente mais marcantes acabam por não ter grande impacto exactamente devido à falta de empatia entre V e o espectador. Diga-se de passagem que a personagem principal não é propriamente explorada a fundo e, se a personagem de Evey resulta melhor, tal deve-se unicamente aos encantos de Natalie Portman.
Quer isto dizer que o filme é um falhanço e para além de pouco inovador é aborrecido? Não, de todo. Se há mérito que o filme tem é não ter muitos tempos mortos e o espectador não se aborrecer. O problema é mesmo a falta de densidade dramática que faz com que o filme não resulte como poderia e deveria.
Grande filme? Não. Original? Não. Entretem? Sim. Polémico? Sem dúvida, virtude dos tempos que correm - fazer uma ode à explosão de um edifício como forma de despertar consciências é motivo para muita discussão.
6/10

6 Comments:

Blogger Nuno said...

uhhhhh. estamos em completo desacordo. ok, completo era se tivesses dado prai um 1, mas eu depois já escrevo a minha crítica.

9:56 da manhã  
Blogger Eurico Ricardo said...

gostei bastante do filme. desde que comecei a ver as primeiras imagens na bbc e depois em canais portugeses que as minhas expectativas foram subindo em flecha. um dia depois de estrear fui ver o filme e sai da sala contente. nao e o melhor filme dos ultimos tempos e falando do trabalho dos realizadores nao é mais marcante que o Matrix mas é um filme presentemente obrigatório.


digo eu:x

7:11 da tarde  
Blogger Ricardo said...

é sem dúvida um filme agradável eurico mas daí a ser obrigatório... nhec :P o que quero dizer é que se vê bem mas há propostas melhores em exibição... seja como for, nestas coisas cada um tem a sua opinião, obrigado por partilhares a tua e estou certo que há gente neste blog que concorda contigo :)

quanto a ti nuninho... se estivéssemos de acordo é que eu ficava preocupado com o nosso estado de saúde... mas já agora espero que não discordes na parte alusiva à natalie portman :D

7:40 da tarde  
Blogger Nuno said...

de forma alguma. acho que Natalie está excelente e consegue trazer toda uma outra dimensão a este filme.

11:01 da tarde  
Blogger Luís Costa Pires said...

Discordo em absoluto. É um filme brilhante, baseado numa BD igualmente brilhante.

Compreendo que toque mais a quem não seja conformado ou tenha ideais um pouco mais revolucionários, mas tem cenas memoráveis, como a cena em que o V ensina a Evey a não ter medo.

Belíssimo filme sobre a liberdade.

Se já foi feito parecido? Talvez. Mas hoje já tudo é parecido com alguma coisa que já foi feita. A questão é como se faz. E este filme foi muito bem feito.

11:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A historia e temática já está muito batida? sem duvida, quase como tudo. A sua exploração foi original? não muito, continuamos de acordo.

Mas o melhor no reside reside, não na história em si, mas no romantismo que a envolve! Não temos um terrorista qualquer a lutar contra o regime, temos, isso sim, um verdadeiro Conde de Monte Cristo!

Mais, o filme está repleto de cenas lindas: a destruiçao do edificio com a 1982 Overture, o engano e encarceramento da Ivy, o ataque à estação de TV, e o final, a forma como retratamente aquele plano é deliciosa

2:40 da manhã  

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