(Crítica) Shooter
de Antoine Fuqua
(2007)
“I still have the shovel”
O argumento, para além de parco em originalidade, deixa também algo a desejar no que toca à solidez, havendo alguns acontecimentos algo implausíveis na lógica narrativa. Ainda assim, tem duas frases (“These people killed my dog” e “I still have the shovel”) muito bem conseguidas no contexto em que aparecem. De facto, nem tudo é mau e o filme acabou por superar as minhas expectativas à entrada do cinema. As interpretações não são fantásticas mas não comprometem e a Mark Walhberg acaba por ter um desempenho bastante sóbrio neste seu primeiro franchise [(?) -há mais dois livros sobre a mesma personagem, resta saber se serão adaptados ao grande ecrã]. Antoine Fuqua também dá uma ajuda, conseguindo criar alguma tensão em momentos chave.
Dentro dos inúmeros eu-(quase)-sozinho-levo-exércitos-inteiros-à-frente, Shooter fica a meio caminho entre xXx e a saga Bourne. Não tendo grosseirismo e prepotência de xXx, Shooter tem alguns excessos que não lhe permitem atingir a elegância da saga de Matt Damon.
A nota mais sensata a atribuir a um filme como este seria 5. No entanto, e apesar do meu profundo desprezo pela esmagadora maioria das coisas que encerra a vida militar, sempre tive um fascínio por espiões e snipers. Sempre lhes atribuí uma componente cerebral e uma componente de perícia e o facto é que este filme acaba por as retratar de forma bastante competente. Independentemente de tudo o resto, ver Mark Walhberg a disparar a distâncias superiores a meio quilómetro foi algo que gostei, efectivamente, de fazer.
6/10
Etiquetas: Antoine Fuqua, Críticas, Mark Wahlberg, Shooter
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