quinta-feira, maio 01, 2008

Postas-de-pescada

Escrever uma crítica a um filme é algo "giro" mas consome tempo e tempo é um bem escasso por estes lados. Dito isto, apesar de ver muito menos filmes do que via quando andava a enganar professores, sendo várias as pessoas que me continuam a perguntar o que é que achei deste ou daquele filme, vou passar a postar postas-de-pescada, escritas de forma relativamente irreflectida, sobre aquilo que vou tendo oportunidade de ver. Read at your own risk.


Vantage Point: 6/10


Filme capaz de nos pôr à beira de um ataque de nervos tamanha é a quantidade de vezes que nos coloca a mesma cena à frente dos olhos e que, ao mesmo tempo, em todas elas nos consegue voltar a agarrar ao revelar um bocadinho mais da sua história. Sendo um filme agradável de se ver, não deixa de ter alguns excessos - o próprio Peter Parker já me revelou ter inveja dos poderes de Dennis Quaid - e uma beleza poética relativamente forçada no desfecho.


Death Proof: 4/10


Falando de excessos... são e sempre foram uma característica marcada de Tarantino, característica esta intrinsecamente ligada à irreverência que colocou o realizador no patamar onde se encontra. No entanto, se em Pulp Fiction ou Kill Bill havia vários outros elementos a compôr o quadro, em Death Proof tal não acontece - temos excessos atrás de excessos e nem a presença de Kurt Russel nem um ou outro diálogo digno de Tarantino chegam para salvar o filme de uma mediania que muito desilude. Poderão argumentar: sendo uma homenagem ao grindhouse, tão marcante e inspirador para Tarantino, o objectivo era propositadamente esse e, sabendo ao que ias, só o viste porque quiseste. Fine... mas não deixa de ser um filme menor numa carreira curta mas já recheada de pérolas como é a de Tarantino.


American Gangster: 6/10


American Gangster é um filme irritante. Repete fórmulas vistas, não tem um único aspecto que consiga destacar como distintivo e existem vários filmes sobre a máfia indiscutivelmente melhores. Ainda assim, é um filme "bonitinho", sólido e coerente q.b., que certamente não será um marco na carreira de ninguém mas também não envergonhará nenhum dos envolvidos.

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